Este é um excelente
livro, escrito principalmente para pais e professore de escola dominical, mas
também é uma rica fonte para qualquer pessoa que deseje satisfazer as reais
necessidades da criança. Divido em sete capítulos, cada um mostrando uma
necessidade que a criança possui. Quero abrir um espaço para dizer que o último
capítulo “As Crianças Precisam de Deus” deveria ser colocado no início do
livro. Claro, eu sei que os capítulos não estão em ordem de importância, as é
interessante colocá-lo no início.
As crianças precisam de um sentido
de significado é o primeiro capítulo, o qual procura mostrar que cada criança é
uma pessoa em particular e precisa ser considerada como tal. Precisa ser
chamada pelo nome, é necessário que demos espaço para que ela aprenda o que deseja
e jamais devemos tomar decisões simples que elas podem tomar por conta própria.
O autor mostra que ás vezes os pais te vergonha das idéias dos filhos ou acham
que eles não tem capacidade de responderem nada, e até em entrevistas dos
próprios filhos, eles não deixam a criança falar.
As crianças precisam de segurança é
o segundo capítulo e neste ele dá um exemplo de um rapaz por nome Joel que
nunca teve segurança em casa e acabou enveredando-se por caminhos tortuosos. O
autor mostra quais são as causas de falta de segurança no lar, e quando diz
segurança não diz proteção a bandidos, com cerca elétrica, cachorro, etc., não!
Ele diz segurança emocional e espiritual, que podemos substituir pela palavra
estabilidade. Conflitos entre os pais constantemente, falta dos pais e falta de
disciplina são os principais fatores que causam desestabilidade do lar. Para
que a criança possa ter segurança, é necessário que os pais evitem estes erros.
As crianças precisam de aceitação é
um capítulo muito interessante por mostrar que diversas vezes não só pais, mas
professores também podem cair no erro de criticarem muito a criança, de levar
uma criança ao ridículo e de fazer comparações mesquinhas dela com outra
criança. Essas atitudes fazem com que a criança desenvolva sentimentos de
inferioridade, de fracasso e acabem se fechando para o mundo, sem coragem de
enfrentá-lo.
As crianças precisam amar e ser
amadas é o tema do nosso quarto capítulo e é muito interessante, pois a maioria
dos pais podem dizer que amam seus filhos, mas o que o autor aborda não é se os
pais amam, mas sim se os filhos sabem desse amor. O amor deve ser um
companheirismo dia-a-dia, de forma verbal e também com ações. Quem ama uma
criança toma tempo com ela e expressa verbalmente esse amor.
As crianças precisam de elogios pode
ser um capítulo contrastado com o terceiro, o qual mostra os pais e mestres que
criticam uma criança e levam-na ao ridículo. Ele enobrece ainda mais a idéia de
que uma criança precisa ser elogiada pelo que faz, e sabemos que isso é um
contraste com ser criticada. Também mostra que esse elogio não é das coisas que
a criança não tem poder, como: Seus cabelos são tão lindos! Seus olhos azuis
são maravilhosos! Estes elogios devem ser das ações da criança, para que tenha
a intenção de moldar suas ações para melhor, e não para engrandecê-la por
aspectos físicos.
As crianças precisam de disciplina é
um capítulo do livro, mas como diz o autor, esse tema está norteando todos os
demais capítulos. Enfatiza a questão que a criança precisa aprender a honrar
seus pais, e é dever dos pais inculcar isso na criança desde cedo. As regras
dentro do lar devem ser regulares, persistentes, para que a criança sinta
segurança. A disciplina precisa ser uma conseqüência do amor dos pais pelos
filhos, e não uns castigos pelos filhos terem quebrado o ego dos pais.
As crianças precisam de Deus é o
último capítulo, ou a última necessidade da criança que o autor aborda. É dos
pais a responsabilidade de educar seus filhos no temor do Senhor, e para isso
os pais precisam ter temor ao Senhor e andar em comunhão com Ele.
Ele encerra o livro trazendo dois
apêndices aos pais: Um questionário aos pais a respeito de permissividade e o
outro é uma tabela de características de cada idade da criança.
Quero encerrar com uma parábola que
o livro traz no capítulo sete a respeito da forma correta de levar uma criança
a Deus:
Tomei uma criança pela mão para levá-la
ao pai. Meu coração estava cheio de gratidão pelo alegre privilégio. Andamos
devagar. Moderei meus passos pelos dela. Falamos das coisas que a criança ia
notando.
Algumas vezes era um dos pássaros do
Pai: Observamos quando construía seu ninho e vimos os ovos que nele depositava.
Conversamos depois sobre os cuidados que ele tinha com os filhotes.
Outras vezes apanhávamos as flores do
Pai e acariciávamos as pétalas macias, apreciando suas lindas cores. Com
freqüência contávamos histórias do Pai. Eu as contava à criança e ela para mim.
Nós contávamos uma para a outra essas histórias, repetidamente. De tempo a
tempos parávamos, encostando nas árvores do Pai e deixando que o ar feito por
Ele refrescasse nosso rosto, sem falar.
E então ao fim do dia, encontramos o
Pai. Os olhos da criança brilharam. Ela olhou com amor, confiança e alegria
para a face do pai, colocando sua mão na mão dEle. Naquele momento fui
esquecida. E me alegrei. (p. 102-103)
escrito por: Ana Talita Brito de Medeiros Farias
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