quinta-feira, 27 de setembro de 2012

RESUMO: DRESCHER, JOHN M. Sete Necessidades Básicas da Criança. São Paulo, Mundo Cristão:1999.


Este é um excelente livro, escrito principalmente para pais e professore de escola dominical, mas também é uma rica fonte para qualquer pessoa que deseje satisfazer as reais necessidades da criança. Divido em sete capítulos, cada um mostrando uma necessidade que a criança possui. Quero abrir um espaço para dizer que o último capítulo “As Crianças Precisam de Deus” deveria ser colocado no início do livro. Claro, eu sei que os capítulos não estão em ordem de importância, as é interessante colocá-lo no início.

            As crianças precisam de um sentido de significado é o primeiro capítulo, o qual procura mostrar que cada criança é uma pessoa em particular e precisa ser considerada como tal. Precisa ser chamada pelo nome, é necessário que demos espaço para que ela aprenda o que deseja e jamais devemos tomar decisões simples que elas podem tomar por conta própria. O autor mostra que ás vezes os pais te vergonha das idéias dos filhos ou acham que eles não tem capacidade de responderem nada, e até em entrevistas dos próprios filhos, eles não deixam a criança falar.

            As crianças precisam de segurança é o segundo capítulo e neste ele dá um exemplo de um rapaz por nome Joel que nunca teve segurança em casa e acabou enveredando-se por caminhos tortuosos. O autor mostra quais são as causas de falta de segurança no lar, e quando diz segurança não diz proteção a bandidos, com cerca elétrica, cachorro, etc., não! Ele diz segurança emocional e espiritual, que podemos substituir pela palavra estabilidade. Conflitos entre os pais constantemente, falta dos pais e falta de disciplina são os principais fatores que causam desestabilidade do lar. Para que a criança possa ter segurança, é necessário que os pais evitem estes erros.

            As crianças precisam de aceitação é um capítulo muito interessante por mostrar que diversas vezes não só pais, mas professores também podem cair no erro de criticarem muito a criança, de levar uma criança ao ridículo e de fazer comparações mesquinhas dela com outra criança. Essas atitudes fazem com que a criança desenvolva sentimentos de inferioridade, de fracasso e acabem se fechando para o mundo, sem coragem de enfrentá-lo.

            As crianças precisam amar e ser amadas é o tema do nosso quarto capítulo e é muito interessante, pois a maioria dos pais podem dizer que amam seus filhos, mas o que o autor aborda não é se os pais amam, mas sim se os filhos sabem desse amor. O amor deve ser um companheirismo dia-a-dia, de forma verbal e também com ações. Quem ama uma criança toma tempo com ela e expressa verbalmente esse amor.

            As crianças precisam de elogios pode ser um capítulo contrastado com o terceiro, o qual mostra os pais e mestres que criticam uma criança e levam-na ao ridículo. Ele enobrece ainda mais a idéia de que uma criança precisa ser elogiada pelo que faz, e sabemos que isso é um contraste com ser criticada. Também mostra que esse elogio não é das coisas que a criança não tem poder, como: Seus cabelos são tão lindos! Seus olhos azuis são maravilhosos! Estes elogios devem ser das ações da criança, para que tenha a intenção de moldar suas ações para melhor, e não para engrandecê-la por aspectos físicos.

            As crianças precisam de disciplina é um capítulo do livro, mas como diz o autor, esse tema está norteando todos os demais capítulos. Enfatiza a questão que a criança precisa aprender a honrar seus pais, e é dever dos pais inculcar isso na criança desde cedo. As regras dentro do lar devem ser regulares, persistentes, para que a criança sinta segurança. A disciplina precisa ser uma conseqüência do amor dos pais pelos filhos, e não uns castigos pelos filhos terem quebrado o ego dos pais.

            As crianças precisam de Deus é o último capítulo, ou a última necessidade da criança que o autor aborda. É dos pais a responsabilidade de educar seus filhos no temor do Senhor, e para isso os pais precisam ter temor ao Senhor e andar em comunhão com Ele.

            Ele encerra o livro trazendo dois apêndices aos pais: Um questionário aos pais a respeito de permissividade e o outro é uma tabela de características de cada idade da criança.

            Quero encerrar com uma parábola que o livro traz no capítulo sete a respeito da forma correta de levar uma criança a Deus:

Tomei uma criança pela mão para levá-la ao pai. Meu coração estava cheio de gratidão pelo alegre privilégio. Andamos devagar. Moderei meus passos pelos dela. Falamos das coisas que a criança ia notando.

Algumas vezes era um dos pássaros do Pai: Observamos quando construía seu ninho e vimos os ovos que nele depositava. Conversamos depois sobre os cuidados que ele tinha com os filhotes.

Outras vezes apanhávamos as flores do Pai e acariciávamos as pétalas macias, apreciando suas lindas cores. Com freqüência contávamos histórias do Pai. Eu as contava à criança e ela para mim. Nós contávamos uma para a outra essas histórias, repetidamente. De tempo a tempos parávamos, encostando nas árvores do Pai e deixando que o ar feito por Ele refrescasse nosso rosto, sem falar.

E então ao fim do dia, encontramos o Pai. Os olhos da criança brilharam. Ela olhou com amor, confiança e alegria para a face do pai, colocando sua mão na mão dEle. Naquele momento fui esquecida. E me alegrei. (p. 102-103)

            escrito por: Ana Talita Brito de Medeiros Farias