terça-feira, 3 de abril de 2012

A convicção de um Justo


1.    INTRODUÇÃO


A analise de Jó 19.23-27 traz três assuntos relacionados, do qual todo justo ou justificado tem a convicção. O primeiro tratando da morte do ser humano, o segundo a certeza de ter um Redentor e o último a certeza de ressurreição.
E observaremos rapidamente que os três assuntos estão presentes na maior parte da Bíblia e sua harmonia com o Livro de Jó e com o restante da Bíblia.
A Teologia em meio à poesia fica um pouco escondida se lida superficialmente, mas se pararmos e contemplarmos teologicamente observaremos maravilhas nelas.


2.        HARMONIA DA PASSAGEM COM AS ESCRITURAS


2.1  HARMONIA COM O LIVRO DE JÓ


O Livro de Jó, para alguns o livro da paciência, trata sobre a questão do porque o justo sofre e Deus não atenta para isto. Os três assuntos são visto dentro do sofrimento do justo. Ora, Deus compreende a limitação do homem e sabe que o tal é mortal. Ao disser para Satanás não lhe tocar a vida, Deus demonstra sua autoridade sobre a vida das pessoas. A morte para Jó era iminente, a qualquer momento chegaria como chegou para seus filhos, e Jó reconhecia Deus como seu juiz, e sabia que tinha um redentor para redimi-lo. Mas, no final do livro de Jó ele tem a recompensa de ter tudo em dobro na terra, com exceção dos filhos, pois já tinha sete mortos e recebeu outros sete, na ressurreição serão ao total quatorze filhos. Os três assuntos são tratados por parte no Livro. (RYRIE, 2007)

2.2  harmonia com a bíblia


Em Gênesis nós temos a entrada da morte na raça humana (Gn 3.19), a promessa de um Redentor (Gn 3.15) ou vingador e um Deus de vivos, sendo chamado o Deus de seu pai (Gn 46.1, 3). E vemos as repetições da promessa do descendente (redentor), e Deus sempre enfatizando ser o Deus de seus pais, mostrando a ressurreição dos patriarcas. Os Evangelhos mostram o Redentor vindo para os seus e sendo rejeitado. Mas, no Evangelho os saduceus rejeitavam a ressurreição. No Livro de Apocalipse temos o fim da morte, o Redentor redimindo o seu povo e a ressurreição dos mortos. (RYRIE, 2007)




3.        MORTE


A perspectiva de vida do povo já havia diminuído após o dilúvio (Gn 6.3), Jó na situação em que se encontrava aguardava apenas a morte.
Jó não considera que sua vida presente tenha qualquer valor, pois tudo está perdido. Deseja, ao menos, que a sua experiência fique para os vindouros, para que saibam como ele viveu e morreu. (MESQUITA, 1975, p. 109)

A esperança da morte estava mais presente para Jó do que a sua justificação em Deus, muitos justos morrem sem ver a sua recompensa, Jó pensava ser um deste. A morte que veio sobre todos os homens estaria chegando para ele (Rm 5.12). (WIERSBE, v. 3, 2006)
A morte física, portanto, é um símbolo apropriado da morte mais profunda que o pecado inevitavelmente produz, sendo ao mesmo tempo uma expressão desta morte, e uma união com ela. (DOUGLAS, 2ª. ed, 1995)

A morte que o justo aguarda é a morte física e não a espiritual, as convicções em Deus vão firma esta esperança.
Essa passagem mostra que todo e qualquer homem esta sujeito a penalidade do pecado. Jó contemplava os caminhos dos ímpios e também os dos justos e sabiam que ambos padeceriam um dia chegando ao fim da vida material.


4.        REDENTOR


A expressão mais forte nesta passagem, a qual nos remete a Cristo. O descendente da mulher é visto aqui com outros olhos, como um advogado.
O termo hebraico traduzido como “Redentor”, no versículo 25, se refere ao parente resgatador, o parente próximo capaz de vingar o sangue de seu irmão (Dt 19:6-12), de reivindicar e de recuperar propriedades de seu irmão (Lv 25:23, 24, 39-55) e de libertá-lo da servidão (25:25). O parente resgatador também poderia comparecer a um tribunal a fim de pleitear em favor de um parente injustiçado (Pv 23:10, 11). (WIERSBE, v. 3, 2006, p. 41)

Jesus Cristo é o Redentor, Ele nos resgatou pagando um alto preço, dando a sua vida pela nossa. Ele morreu para que pudéssemos ter vida e libertou os cativos do pecado, entregando a liberdade da graça. E Ele é o Advogado que está à destra do Juiz para defender toda e qualquer causa.
O povo de Israel espera esta pessoa, mas na era monárquica como libertador. Nas gerações anteriores o vingador que redimiria e eliminaria o mal que veio sobre o homem.
O Goel, Resgatador (Rt 3.12, 13; 4.4-6; Is 59.20) é o Senhor Jesus Cristo, ressuscitado, na sua segunda vinda, vitorioso sobre a morte e a sepultura. Que belo testemunho da abençoada esperança na vinda do Senhor, na ressurreição do corpo e da glorificação dos santos! (UNGER, 2006, p. 218)

A convicção de um Salvador vai alem do pensamento de muitos dos seus contemporâneos. Saber que Deus não deixaria impune a sua causa e que poderia contar com Ele mesmo depois de morto, é algo surpreendente. A revelação não era tão clara como é hoje e muita das pessoas não tinham noção disto. A forma que Jó pede para registrar a sua história é uma época praticamente contemporânea a de Abraão e já tinha a certeza que hoje nós temos de um Redentor.


5.    RESSURREIÇÃO


A ressurreição não era algo nítido no Antigo Testamento, mas muitos já a confessavam. Jó fez uma afirmação forte que para alguns era inviável ser sobre a ressurreição.
Alguns, apelando para o fim da história… sustentam que Jó ainda espera a vindicação nesta vida, a despeito de tudo quanto tem dito a respeito da sua morte. Outros, embora reconheçam que a passagem não chega até uma declaração integral da fé na ressurreição corporal pessoal, vêem nela a esperança de um encontro favorável com Deus depois da morte, como ser humano genuíno. (ANDERSEN, 1984, p. 193)

As variações nas interpretações são variadas e desafiam muito dos autores a crer nesta Teologia tão desenvolvida para aquela época.
A certeza que a maioria dos eruditos consultados é que essa ciência de Jó é maravilhosa por ter uma fé inabalável para exclamar com tanta convicção que ressuscitaria dos mortos e compareceria perante Deus quando o Redentor dele o resgataste.
A respeito da ressurreição, só é visto claramente nos ensinos do Novo Testamento, mais especificamente com o Senhor Jesus Cristo e com o apóstolo Paulo. Não temos citações clara a respeito da ressurreição antes de Jó. Esse é um grande desafio para os saduceus acreditarem na ressurreição corpórea dos justificados por Deus.


6.      CONSIDERAÇÕES FINAIS


Chegamos ao final deste enunciado que demonstra a Soberania de Deus em revelar fatos aos homens através dos séculos. Tivemos três Teologias distintas: Harmatiologia, quando tratamos da morte; Cristologia, quando discorremos sobre o Redentor; Escatologia, ao escrevermos sobre a ressurreição. Como se pode aprender tanto com alguém que não tinha as ferramentas que nós temos nos dias atuais.
Nós, cristãos, temos presentes todas as promessas e realidades do Novo Testamento, e, de tão comuns e naturais, mal podemos compreender a ansiedade de um homem como Jó, vendo-se sozinho no meio de um mundo mau e perverso, sem uma explicação, sem um companheiro. E então a sua exclamação estentórica: “EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE… E HEI DE VÊ-LO, EU MESMO, NA MINHA CARNE.” Damos graças a Deus pela esperança que temos, pela claridade que estas verdades projetam em nossa vida, de modo que o nosso coração não precisa desfalecer dentro de nós. Pena que nem sempre saibamos apreciar e agradecer a quem nos deu tal esperança para esta vida e para a outra. (MESQUITA, 1975, p. 113)

A clareza das declarações de Jó mostra-nos a fé que ele possuía em Deus. E que os crentes com todo aparato existente hoje muitas vezes não consegue proclamar essas palavras que podem conduzir a salvação.



BIBLIOGRAFIA


RYRIE C. C. A Bíblia anotada: edição expandida; São Paulo: Mundo Cristão; Barueri, SP: SBB, 2007
ANDERSEN, F. I. Jó Introdução e Comentário; São Paulo: Mundo Cristão, 1984
DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. 2ª. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995
MESQUITA, A. N. Estudo no livro de Jó. Rio de Janeiro: JUERP, 1975
UNGER, M. F. Manual Bíblico Unger. São Paulo:Vida Nova, 2006
WIERSBE, W. W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: volume III, Poéticos. Santo André – SP: Geográfica, 2006

Um comentário:

  1. Estou muito feliz em compartilhar minha experiência aqui, meu nome é Brenda e eu fui casado. Até que meu marido disse que eu o estava traindo, nós dois nos tornamos casais irritantes, ele não podia acreditar, nem ele confiou nas minhas palavras, então pedimos o divórcio, depois nos separamos e juramos nunca fazer as pazes. Por muito tempo, tentei seguir em frente, mas não podia ficar sem ele, então comecei uma busca pela volta do meu marido e fui encaminhado ao Dr.IZOYA. Um grande homem que me deparei, ele lançou um feitiço de amor e fez meu marido voltar dentro de 24 horas. com isso, estou aqui para compartilhar o contato do Dr. IZOYA, contatá-lo via drizayaomosolution@gmail.com. Ele é realmente poderoso e é especialista nos seguintes assuntos ...
    (1) feitiços de amor de todos os tipos. (2) pare o divórcio. (3) acabe com a esterilidade.

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